Baratas

controle de baratas

As baratas estão entre os grupos de insetos mais antigos e de maior capacidade de adaptação encontrados na face da terra. Existem mais de 3.500 espécies de baratas conhecidas em todo o mundo. Destas, 1% apresenta associação com o homem dai sua importância sanitária. Apresenta hábito onívoro, isto é alimentam-se de qualquer matéria orgânica; grande potencial reprodutivo, permitindo rápido desenvolvimento de linhagens resistentes aos inseticidas; e hábitos secretos que as protegem da detecção e consequente destruição. A maioria das espécies conhecidas apresentam hábitos noturnos. As baratas, em geral, desenvolvem-se em locais quentes e úmidos, e o habitat em que são encontradas, atualmente, refletem a sua origem tropical. Nutrem-se de todo alimento usado pelo homem e animais domésticos, assim como de resíduos orgânicos como lixo e esgoto. Podem ser encontradas em qualquer local onde o homem guarda e prepara os alimentos. O aparelho bucal é do tipo mastigador com mandíbulas fortes e dentadas. Apresentam três pares de pernas longas e adaptadas para a corrida. O desenvolvimento das baratas é feito por metamorfose gradual com três estágios distintos:

A) Ovo: os ovos das baratas encontram-se arranjados dentro de uma câmara denominada ooteca, que pode ser carregada pela fêmea até o momento da eclosão;

B) Ninfa: as ninfas possuem hábitos e aparência semelhantes aos adultos. O número ecdises ( mudas ) é variável e específico para cada espécie (6 a 13). As ninfas são ápteras, isto é não tem asas, adquirindo-as posteriormente após cada muda;

C) Adulto: este estágio é caracterizado pela maturidade sexual e pela formação de asas completas.

Fique sabendo:

 Contaminam os alimentos do homem.
São encontradas em restaurantes, residências, cozinhas,…
As baratas agem como vetores.

BARATAS: INSETOS PREJUDICIAIS A SAÚDE HUMANA

As baratas são mais do que um incômodo, pois contaminam os alimentos do homem. Esta contaminação pode ocorrer por fezes e vômitos, baratas mortas, germes patogênicos, também eliminam uma secreção repugnante de sua boca, impregnando os alimentos com os quais entram em contato, deixando-os com um cheiro característico. Varias espécies de baratas são transportadas pelo homem de um local para outro dentro de móveis, aparelhos domésticos, pacotes de compras e através de outros meios. Aviões e embarcações tem sido responsáveis pela dispersão de várias espécies através do mundo.

As espécies domiciliares são aquelas que se tornaram adaptadas para viver em intima associação com o homem. São encontradas em restaurantes, residências, cozinhas de hotéis, hospitais, supermercados e outros lugares com umidade, alimento e esconderijo. Além de contaminar o ar com odor característico e degradar o ambiente, podem produzir substâncias alérgicas para o homem. Encontrando condições adequadas, as baratas vão agir como vetores, transmitindo organismos patogênicos para o homem. Ou seja, as baratas visitam ambientes contaminados com patogênicos e daí os disseminam no alimento humano.

O elemento patogênico pode ser transportado tanto interna quanto externamente no seu corpo, podendo permanecer ativo tanto no trato digestivo quanto nas fezes. Estas evidências, ainda que circunstâncias, são suficientemente e fortes para justificar um programa de controle ao inseto, pois sua presença constitui-se em uma ameaça para a saúde do homem. Os organismos patogênicos veiculados pela barata são: bactérias, vírus e protozoários; responsáveis por doenças como cólera, difteria, carbúnculo, tétano, tuberculose, febre amarela, diarreias, toxoplasmose, etc. As baratas podem servir também como hospedeiras intermediárias para vários grupos de vermes parasitas. As espécies de importância sanitária pertencem a duas subfamílias: Blattedae (Blata, Periplaneta), Blatellidae (Blatella e Supella).

As principais espécies encontradas no Brasil são : BLATELLA GERMANICA também chamadas barata alemã ou baratinha, é a espécie mais conhecida e provavelmente a mais largamente distribuída. É um dos insetos mais comuns em residências, restaurantes e hotéis, sendo frequentemente encontradas em cozinhas, banheiros, depósitos de mantimentos, padarias, hospitais, cervejarias, supermercados, etc.

É uma espécie de tamanho pequeno, com os adultos medindo de 12 a 16 mm e comprimento, de cor castanha amarelado, com duas faixas longitudinais castanhas escuras no pronoto. A cabeça é quase encoberta pelo pronoto, tanto que somente os olhos e as antenas são visíveis quando o inseto é visto de cima. Machos e fêmeas, quando adultos, têm asas desenvolvidas, tão longas quanto seu corpo. As ninfas da barata alemã assemelham-se aos adultos e uma grande porção da cabeça pode ser visualizada. Neste estágio não apresentam asas. Cada fêmea pode produzir 4 a 8 cápsulas de ovos, chamadas “ootecas”, durante sua vida. Cada cápsula contém de 30 a 40 ovos. Os ovos eclodem de 14 a 18 dias.

CONTROLE BIOLÓGICO

Controlar baratas não é uma tarefa fácil, principalmente quando temos a frente situações em que o uso de inseticida deve ser restrito, tais como áreas de fabricação de alimentos, creches, hospitais, laboratórios e indústrias alimentícias. Muitas vezes, as pessoas encarregadas de administrar este tipo de problema se deparam com questões da seguinte ordem: Com que frequência aplicar o inseticida nestas áreas? É seguro aplicar inseticida todos os meses? Há também a questão de ordem financeira. Geralmente, o administrador é questionado quanto a necessidade de ou não se executar determinado serviço de desinsetização em determinada área. Não basta ficar só nos palpites. Como mensurar a época certa para aplicação de defensivos, sem que corramos o risco de infestações de insetos que irão comprometer o processo de fabricação ou mesmo a integridade física das pessoas envolvidas. Hoje podemos contar com um recurso bastante preciso, no tange a presença de baratas, a utilização de Armadilhas à Base de Feromônio de Baratas.

Já que é necessário utilizar inseticida, vamos fazê-lo de uma forma o mais racional possível, porém com bases sólidas de avaliação ou monitoramento. As armadilhas com feromônio prestam-se muito em resolver este tipo de impasse. Exemplificando: uma indústria está consciente de que necessita fazer uma desinsetização em toda a fábrica periodicamente, contra baratas. Não se sabe, porém, com que frequência. É ai que as placas de feromônio se encaixam com perfeição. Para que o processo de monitoramento funcione perfeitamente é necessário que as armadilhas sejam espalhadas pela fábrica, com a regularidade recomendada pelo fabricante e inspecionadas frequentemente, se possível a cada semana. A distribuição destas armadilhas deve ser devidamente apontada em uma planta baixa da área fabril. Desta forma, o responsável por esta tarefa tem como avaliar se há uma infestação, onde há e o grau desta infestação. Ao primeiro sinal de captura destas baratas, providencias devem ser tomadas no sentido de eliminar o foco desde o início. Um simples procedimento rotineiro, porém que vai economizar muito trabalho e, principalmente, muito dinheiro.

MONITORAMENTO

Identificação de focos

Mapeamento de áreas tratadas

Distribuição de iscas adesivas